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Bio-combustíveis

Energias Renováveis II (Bio-Combustíveis)

O Biocombustível é definido como combustível sólido, líquido ou gás, derivado de materiais biológicos como plantas oleaginosas, biomassa florestal, cana-de-açúcar e outras  matérias orgânicas que podem ser renovados a curto prazo e distingue-se das energias fósseis, que por sua vez são derivados de matérias orgânicas que levaram centenas ou até milhares de anos para se constituírem.

Piodao
Campo de Cultivo – Girassol –CC: Marcaos

Há duas estratégias comuns na produção de biocombustíveis. Uma delas é cultivarem plantas de elevado teor de açúcar (cana-de-açúcar, beterraba, sorgo doce, milho, etc ) e em seguida, utilizar a fermentação para a produção de álcool etílico (etanol). A segunda é fazer crescer plantas que contêm grandes quantidades de óleo vegetal, como o óleo da palma, soja, algas, etc. Quando esses óleos são aquecidos, a viscosidade é reduzida, e eles podem ser queimados directamente num motor diesel, ou eles podem ser tratados quimicamente para produzir combustíveis como o biodiesel. Madeira e seus derivados podem também ser convertidos em biocombustíveis, tais como gás, metanol ou etanol combustível. Também é possível fazer etanol celulósico a partir de partes não-comestíveis de plantas, mas isto pode ser difícil de concretizar economicamente.

Os biocombustíveis oferecem a possibilidade de produzir energia sem um aumento na emissão de carbono para a atmosfera. Isso ocorre porque as plantas utilizadas na produção do combustível retiram CO2 da atmosfera, ao contrário dos combustíveis fósseis, que retornam o carbono que estava armazenado sob a superfície há milhões de anos. Por isso, os biocombustíveis são, em teoria, mais carbono neutro e menos susceptíveis de aumentar as concentrações atmosféricas de gases que elevam o efeito de estufa. (No entanto, foram levantadas dúvidas quanto a saber se este benefício pode ser alcançado na prática, veja abaixo). A utilização de biocombustíveis também reduz a dependência de petróleo e contribui para melhorar a segurança energética.

Os biocombustíveis são discutidos como tendo um papel em uma variedade de questões internacionais, incluindo: mitigação das emissões de carbono e níveis dos preços do petróleo, o debate “alimento versus combustível”, o desmatamento e a erosão do solo, o impacto sobre os recursos hídricos, o equilíbrio da energia e sua eficiência.

As principais vantagens que podemos atribuir aos biocombustíveis é que podemos elevar o incentivo agrícola e suprir as nossas necessidades energéticas, reduzindo nossa dependência das importações dos combustíveis tradicionais, contudo podem trazer grandes custos sociais e ambientais.

História e política

Os humanos têm usado combustíveis da biomassa sob a forma de biocombustíveis sólidos para cozinhar e aquecer desde a descoberta do fogo. Na sequência da descoberta da electricidade, tornou-se possível a utilização dos biocombustíveis para gerar a energia eléctrica. A descoberta e a  utilização de combustíveis fósseis: carvão, gás e petróleo, têm reduzido drasticamente a quantidade de biomassa combustível usado no mundo desenvolvido para os transportes, calor e energia. No entanto, quando grandes suprimentos de petróleo foram descobertos, tornou os combustíveis baseados em petróleo muito mais baratos, e logo foram largamente utilizados. Carros e caminhões começaram a utilizar combustíveis derivados de óleos minerais – o petróleo: diesel ou gasolina.

Contudo, há relatos que antes da Segunda Guerra Mundial, com a alta demanda pelo petróleo, foram avaliados os biocombustíveis com uma alternativa estratégia para o petróleo importado. Com a extrema escassez do petróleo e a energia, foram conseguidas muitas inovações nesta área, isso inclui a alimentação de alguns veículos que utilizam uma mistura de gasolina com álcool fermentado a partir da batata.

Durante os tempos de paz pós-guerra, o petróleo de baixo custo proveniente do Médio Oriente contribuiu, em parte, ao menor interesse económico e geopolítico nos biocombustíveis. Depois, entre 1973 e 1979, os conflitos geopolíticos no Médio Oriente causou a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) o corte das exportações, e as nações nesta altura passaram por uma grande redução na oferta do petróleo. Esta “crise energética” resultaram em faltas graves, e um aumento acentuado nos preços de elevada procura de produtos à base de petróleo, nomeadamente gasolina/gasóleo. Houve também um crescente interesse dos governos e académicos em questões energéticas e biocombustíveis. Ao longo da história, as flutuações da oferta e da procura, a política energética, conflito militar, e os impactos ambientais, todos têm contribuído para um mercado altamente complexo e volátil da energia e dos combustíveis.

Desde o ano 2000, um interesse renovado em biocombustíveis tem sido visto. Os desenvolvedores e pesquisadores de biocombustíveis apontam algumas causas para justificarem as necessidades nos biocombustíveis: aumento nos preços do petróleo, preocupações sobre o potencial pico do petróleo, gases com efeito estufa (que provoca o aquecimento global e as alterações climáticas), os interesses no desenvolvimento rural , e da instabilidade no Médio Oriente.

Biocombustíveis por Regiões

Reconhecendo a importância da implementação bioenergética, existem organizações internacionais, como a IEA (Agência Internacional de Energia) Bioenergy, criado em 1978 pela OCDE, (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) com o objectivo de melhorar a cooperação e a troca de informações entre países que têm programas nacionais de investigação em bioenergia, desenvolvimento e implantação. O Fórum Internacional das Nações Unidas nos biocombustíveis está composto por Brasil, China, Índia, África do Sul, Estados Unidos e a Comissão Europeia. O líderes mundiais no desenvolvimento e utilização dos biocombustíveis são Brasil, Estados Unidos, França, Suécia e Alemanha.

Tipos de Biocombustíveis

  1. bioetanol: etanol produzido a partir de biomassa e/ou da fracção biodegradável de resíduos para utilização como biocombustível;
  2. biodiesel: éster metílico e/ou etílico, produzido a partir de óleos vegetais ou animais, com qualidade de combustível para motores diesel, para utilização como biocombustível;
  3. biogás: gás combustível produzido a partir de biomassa e/ou da fracção biodegradável de resíduos, que pode ser purificado até à qualidade do gás natural, para utilização como biocombustível ou gás de madeira;
  4. biometanol: metanol produzido a partir de biomassa para utilização como biocombustível;
  5. bioéter dimetílico: éter dimetílico produzido a partir de biomassa para utilização como biocombustível;
  6. bio-ETBE (bioéter etil-terc-butílico): ETBE produzido a partir do bioetanol, sendo a percentagem em volume de bio-ETBE considerada como biocombustível igual a 47%;
  7. bio-MTBE (bioéter metil-terc-butílico): combustível produzido com base no biometanol, sendo a porcentagem em volume de bio-MTBE considerada como biocombustível de 36%;
  8. biocombustíveis sintéticos: hidrocarbonetos sintéticos ou misturas de hidrocarbonetos sintéticos produzidos a partir de biomassa;
  9. biohidrogénio: hidrogénio produzido a partir de biomassa e/ou da fracção biodegradável de resíduos, para utilização como biocombustível;
  10. óleo vegetal puro produzido a partir de plantas oleaginosas: óleo produzido por pressão, extracção ou processos comparáveis, a partir de plantas oleaginosas, em bruto ou refinado, mas quimicamente inalterado, quando a sua utilização for compatível com o tipo de motores e os respectivos requisitos relativos a emissões.

Os principais biocombustíveis são: a biomassa, o bioetanol, o biodiesel e o biogás.

Perspectivas

Em minha opinião com base em muitos artigos e assuntos sobre este sector dos biocombustíveis, e penso que esteja a vista de todos, isso irá incentivar a monocultura, acho que todos sabem ao caminho que isto nos levará….

Devemos ter em conta que a expansão das monoculturas para produção bioetanol e biodiesel tem vindo a provocar a redução dos habitats animais e o desmatamento de áreas florestais virgens. O biodiesel emite 78% (*1) menos gás carbónico (CO2) para a atmosfera comparado com o “petrodiesel”, mas as emissões poluentes persistem, embora em menores quantidades.

É importante ressalvar que :

  • transformar óleo usado de frituras e restos de gorduras animais em combustível é uma coisa boa e devemos parabenizar as pessoas e empresas que reciclam todos os dias barris desta sujeira, que antes eram deitadas directamente ao meio ambiente e que agora estão a prestar um grande serviço à sociedade.
  • aproveitar terras improdutivas para cultivar e gerar empregos são outros factores positivos.
dica: Caminhe, use a bicicleta, pratique a partilha de carro e utilize transportes públicos.
Fontes: Wikipedia EN, Wikipedia PT, ( *1)University of Strathclyde.
Editado:
18/07/2008 – Subtítulo;
09/11/2008 – Recomposição geral.

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